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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ogum senhor da guerra

ORIXÁ da Guerra...
Ogum é o Orixá deus da guerra. Seu nome traduzido para o português significa luta, briga, batalha. É a divindade da metalúrgica, do ferro, aço e ouros metais fortes. Ogum está ligado a todos os Orixás. Vem sempre à frente dos demais Orixás. É o dono da abertura dos caminhos dos seus filhos e adeptos.
Ogum é visto como o lutador e conquistador, sempre ao lado de Exu , Orixás solicitados para abertura de caminhos dos seres humanos. Orixá da defesa, pode até evitar briga, mas gosta de lutar e quando isso acontece é imbatível. No Candomblé é o grande general, marechal de todas as lutas, pai rígido, severo, mas também compreensível. Ogum também é a viagem, a estrada longa, os veículos, a estrada de ferro.
Ogum é filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi. Ogum era um bom filho, bom irmão, bom caçador, atencioso e trabalhador. Por ter o seu irmão Exu
que sempre vivia pelo mundo e seu irmão Oxossi mais descansado, Ogum cuidava da sua casa e família. Ogum tinha um grande desejo que era de ganhar o mundo, como fazia o seu irmão Exu.
Ogum veste saiote e atacã com as cores azuis escuro, capacete confeccionado em latão ou pano bordado com plumas nas cores azulão e branco, no pescoço colares de conta-azul e na mão uma espada.
Ogun (nagôs), Gu (jejes), Sumbo e Rocha Mukumbe (angolas), Nkôce Mukumbe(congos).
Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um “caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos freqüentadores das tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorporadores. Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.
Características: O arquétipo de Ogum é o das pessoas violentas, briguentas e impulsivas, incapazes de perdoarem as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que nos momentos difíceis triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança. Das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranquilo dos comportamentos. Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhes prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas.
 Sincretismo: São Jorge
 Cor: No candombé, azul anil; na umbanda, vermelho e branco
 Dia da semana: Terça ou Quinta-feira.
 Dominío:  a reta dos caminhos, as lutas, o trabalho.
 Símbolos: Enxada, facão, ferramentas, martelo, pá, picareta, serrote. 
 Saudação: Ogun-iê 
Na umbanda a linha de Ogun é desdobrada nas legiões de Ogun Beira-Mar, Ogun Iara, Ogun Megê, Ogun Naruê, Ogun Malei e Ogun Nagô.

AS 7 FALANGES DE OGUM
Ogum Beira-Mar (oferenda à beira-mar)
Ogum Rompe-Mato (oferenda na entrada da mata)
Ogum Megê (oferenda no lado direito do cemitério)
Ogum Naruê (oferenda no lado esquerdo do cemitério)
Ogum Matinata (oferenda no sopé de morro)
Ogum Yara (oferenda na margem de rio)
Ogum Delê (oferenda na água do mar)
·         Ogum Beira Mar
Conhecido também por Ogum do Mar ou Ogum das Ondas. Na areia molhada é considerado Beira-Mar e nas ondas é conhecido como Sete Ondas. Ele faz ronda da beira da praia até o alto mar. Aceita obrigações na areia molhada, que consistem de vela branca, vela vermelha, cravos brancos e vermelhos, cerveja branca, charutos.
Ogum Rompe Mato
Sua falange trabalha cruzada com Oxossi, rondando, participando da energia das matas, nas pedreiras encontramos Ogum das Pedreiras, neste caso trabalha com Xangô, vibrando nas cores branca e vermelha ou verde e vermelha conforme a sintonia com o orixá. Nesse caso, entendemos ser caso de guia cruzado, ou seja, trabalha em duas linhas simultaneamente. O material utilizado em oferendas é o mesmo as matas, portanto, sua cor vibratória às vezes também é verde. para Ogum Beira Mar, com exceção a cor das velas utilizadas conforme a vibração da entidade.
·         Ogum Megê
Lida diretamente com a Linha das Almas, ou seja, seu campo vibratório está na calunga pequena, ou seja, nos cemitérios, mais precisamente na calçada do cemitério. As oferendas deverão ser entregues em seu campo vibratório, consistindo de cerveja branca, charutos acesos, cravos brancos, espada de Ogum, tudo assentado em pano branco com bordas vermelhas, acompanhadas por velas de cores vermelha e branca.
Ogum Naruê
Esta falange de Ogum trabalha desmanchando a magia negra opera dentro das linhas das Almas, exercendo especial domínio sobre as almas quimbandeiras. Possui conhecimentos seculares, acumulados por Magos, Feiticeiros, Xamãs, Exorcistas, Pajés, Sacerdotes das mais variadas partes do Mundo, portanto seria considerado todo o conhecimento adquirido nesta e em outras Galáxias, precisando, portanto da sabedoria e justiça relacionam-se ora na vibração de Xangô ora na vibração de Ogum Megê. Recebe então suas oferendas tanto nas matas, junto das pedreiras, como nas calçadas que rodeiam a calunga pequena. Suas obrigações são acompanhadas por uma pedra-ímã, ou de materiais condizentes com a necessidade eminente e em conformidade com a magia a ser combatida.
·         Ogum Matinata
Defende os campos onde se assentam as obrigações para Oxalá, principalmente nas colinas floridas. É uma falange muito difícil de incorporar, poucos médiuns conseguem tê-lo como guia. Apesar de receber suas obrigações nas colinas, como para Oxalá, seu domínio é o Espaço Sideral ou Caminhos que a Terra percorre, bem como de todos os planetas, asteróides, cometas, etc. Quando se viaja de avião, ou apelamos para o bom vôo das aves que migram, apelamos pela proteção desta vibração. Suas obrigações consistem de cerveja branca, vela branca, cravo branco, entregues em campos ou colinas floridas. Apesar de rondar os campos de Oxalá, não é a linha que vibra diretamente com este.
·         Ogum Yara
É a falange que ronda os rios, lagos e cachoeiras. É o grande colaborador dos trabalhos de Oxum. Pede-se o seu auxílio e proteção em todas as oferendas aos guias destes campos vibratórios. Tal como na lenda do Rei Artur que recebeu sua espada da fada do lago, Ogum Yara se identifica com as mulheres guerreiras da História Real como Santa Joana D’Arc, responsável pela unificação da França, defensora dos oprimidos pelo poder dos dirigentes políticos, ou seja, pela justiça social. Colabora com Oxum em todos os trabalhos dirigidos à fertilidade, prosperidade, beleza essencial da alma que reflete na matéria, etc. Suas oferendas consistem dos mesmos materiais de Ogum Beira Mar, acompanhados de flores conforme a necessidade e direção do trabalho.
·         Ogum Delê
Esta falange carrega a vibração pura de Ogum. Efetua sua ronda sobre o mundo. É a própria lei que rege os reajustes cármicos. Aquele que nos liberta das batalhas enfrentadas em diversas encarnações, contra diversos inimigos, ou contra nossos princípios negativos que interferem em nossa evolução espiritual. Vibra nas cores vermelha e branca e suas obrigações são oferecidas em qualquer lugar do mundo, desde que seja no tempo. O material normalmente usado é o mesmo que para Ogum Matinata, porém acrescido de uma vela oferecida para o orixá Tempo.

2 comentários:

  1. Se meu Pai é Ogum, Ogum,
    Vencedor de demandas...

    Apaixonada por Ogum!!!!

    Ogunhê, meu Pai!!!

    Angela/ Luzes e Sonhos
    http://luzesesonhos.blogspot.com/

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  2. Eu adorei o artigo de Ogum, super bem escrito, de uma forma simples, porém, completa e que todos , com certeza entenderão. Mais uma vez você merece os Parabéns!

    Bju gde em teu ♥

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